Rabiscos do Silêncio - SABER E NÃO PODER
- Portela Online
- há 2 dias
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Às vezes, no rebuliço da vida, num vai e vem, chega e sai sem procedência,
encontramos pessoas oprimidas, os quais cabisbaixos vão amargando vazios de
uma existência poluída por provocações, por sentimentos partidos pelos
ambientes carregados de negações não autorizados pelo comprometimento no saber.
Essas provocações estão ligadas a atitudes de tudo que condena uma
convivência mais próxima entre as pessoas, pois cada um de nós é único
nesse universo de possibilidades que garantem a solidez, com harmonia
do saber que pertence a todos nós. Não precisamos provocar
desconfiança e desuniões entre os corações dos que tem o amor e a
esperança como meios de perseverar nos caminhos do bem.
É preciso saber crescer juntos no amor, na paz e confiança e não impor as
ideias com práticas destrutivas e que ferem os corações das pessoas com
menos recursos psicológicos ou emocionais. Tem muitos nessas
situações, que sofrem por não ter voz, nem vez com a partilha de um diálogo
aberto na acolhida da representatividade da dimensão de ser o outro em nós.
Muitas vezes as pessoas sabem que estão sendo injustiçadas por
ambientes carregados de imposições, no entanto não se abrem para que
haja uma correção de uma convivência mais próxima, com respeito ao jeito
de cada ser, pelo amor que merece ter na cooperação de saber ser importante na
utilidade transformadora.
São situações que levam o indivíduo a ficar indiferente, não por vontade
própria, mas é a marca da insegurança pela ausência da liberdade nas
circunstâncias do viver. Ninguém merece ser escravizado nos seus
pensamentos e ações em espaços que criam dores e exclusões
comprometendo a abertura da energia positiva no saber.
A coisa mais perturbadora do indivíduo é quando ele perde a autoridade
de ser ele próprio, em que o domínio fica visível nos temperamentos
difíceis de quem faz parte da convivência direta no mesmo ambiente. Fica
amarrada em seu saber, sem poder expandir os seus conhecimentos e se
torna inseguro nas suas atividades cotidianas, não podendo expor seu
sofrimento para não causar aborrecimentos nas pessoas que tem uma
convivência mais próxima.
É preciso refinar a convivência numa abertura mais real e de maneira
natural com pessoas que saibam valorizar-se, devolvendo o sentido da
sua identidade com equilíbrio de somar novos horizontes na acolhida com
amor, pois ninguém merece viver ausente, mesmo estando presente, sem
emoção e sem equilíbrio. Despertar o saber de maneira mais objetiva,
ajudando na cicatrização das feridas de identidade própria é ter a empatia necessária à convivência harmoniosa.
Não se pode permitir que o saber fique retido no coração de quem perdeu a
autoridade do “eu” por mostrar confiança na convivência entre pessoas
mais próximas. É essencial contribuir para a volta da expansão do conhecimento na
troca de experiências coletivas, pois todos nós necessitamos ser presença
que seja marcada pelo equilíbrio no falar e escutar, com um diálogo que
faça crescer a contribuição pela franqueza em aceitar a competência do
outro em ser ele mesmo, com suas iniciativas e aspirações, sem destruir ou
anular sua própria identidade no envolvimento sadio e correto na
objetividade do conhecimento.
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