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Mulher que confessou matar grávida de Canelinha (SC) é condenada a 56 anos


A mulher de 27 anos que confessou ter matado uma grávida para roubar a bebê do ventre dela em Canelinha, na Grande Florianópolis, foi condenada a 56 anos e 10 meses de prisão nesta quarta-feira (24), segundo o advogado de defesa Rodrigo Goulart. O julgamento ocorreu na Câmara de Vereadores de Tijucas, na mesma região, e durou cerca de 15 horas. A defesa pode recorrer da decisão.


A ré, que contou à Justiça ter pesquisado na internet sobre parto e gravidez para simular os sintomas, foi condenada pelos crimes de homicídio qualificado, tentativa de homicídio contra a bebê e mais quatro crimes conexos - ocultação de cadáver, fraude processual, subtração de menor e parto suposto, conforme MPSC.


O caso ocorreu em 27 de agosto do ano passado e, desde então, a ré permanecia presa. Em depoimento no julgamento, conforme o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), ela relatou como planejou o crime e admitiu ter estudado como faria para tirar a criança em gestação do ventre da mãe.


Julgamento


Do lado de fora da Câmara, por volta das 8h, amigos e familiares da vítima vestiam camisetas com o rosto da vítima e seguravam um cartaz com a frase: "Os dias passam lentos, as horas machucam como espinhos, mas temos forças e confiamos na chegada da justiça".


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O júri popular começou com o sorteio dos sete jurados que compuseram o julgamento. Uma pessoa precisou ser substituída ainda pela manhã, após passar mal na sessão.


A ré começou a ser ouvida no final da tarde, por volta das 17h20. Segundo o MPSC, ela disse à Justiça que pesquisou na internet sobre parto e gravidez, para simular os sintomas. Também disse como planejou o crime, com o chá de bebê surpresa para a emboscada. Afirmou ainda que o lugar do ataque foi escolhido por estar abandonado e ter tijolos para atingir a cabeça da vítima.


Ao ser interrogada, em seguida, pelo MPSC, a ré se disse "capacitada" para tirar a bebê em gestação do ventre da mãe.


Ela também foi questionada pelas próprias advogadas de defesa. A elas, segundo o MPSC, disse que matou a vítima para retirar a neném da barriga dela e que se arrependeu do crime após ser presa.


Barriga cortada por estilete


Segundo as investigações da Polícia Civil, a professora grávida morreu em uma cerâmica abandonada. Ela foi golpeada diversas vezes na cabeça com um bloco de barro, ficou desacordada, teve a barriga cortada por um estilete e a bebê que gerava foi retirada do ventre.


O laudo da perícia apontou que a vítima morreu em decorrência da uma hemorragia.


A mulher denunciada pelo MPSC e a vítima se conheciam. No dia do crime, a acusada escondeu o corpo em um forno de uma cerâmica da cidade que tem 12,3 mil habitantes.


Em seguida, a acusada se encontrou com o companheiro, que naquele momento acreditava que a mulher estava grávida. Os dois foram até o Hospital de Canelinha, informaram que a bebê deles tinha nascido e que o parto havia sido feito em via pública.


A equipe do hospital que atendeu o caso percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar. A Polícia Civil instaurou um inquérito e passou a investigar o caso.


Companheiro absolvido


Além da acusada, o companheiro dela foi preso suspeito do crime. Porém, o homem foi solto em 7 de outubro de 2020. Em 27 de julho de 2021, a Justiça catarinense o absolveu.


Segundo o promotor que cuida do caso, Alexandre Carrinho Muniz, o companheiro da acusada não sabia sobre o plano de matar a professora e nem de que a própria companheira simulava uma gravidez. Portanto, não tinha qualquer envolvimento com o crime.


G1

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