O Ministério Público (MP) denunciou, nesta quarta-feira (1º), 10 pessoas pelo assassinato a tiros do prefeito Roberto Maciel Santos, de Lajeado do Bugre, no Norte do Rio Grande do Sul. O crime ocorreu em 24 de novembro de 2022. Relembre detalhes abaixo.
Os investigados foram acusados pelos crimes de homicídio (por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a execução e vantagem de outro crime) e extorsão. Além disso, os 10 foram denunciados por duas tentativas de assassinato – o vice-prefeito e um servidor do município sobreviveram ao ataque.
Do total de acusados, nove estão presos preventivamente. Um deles segue foragido.
Os nomes dos acusados não foram divulgados. O MP detalhou a participação de cada um dos denunciados no crime:
Uma pessoa: atirador
Duas pessoas: repassaram informações ao atirador e forneceram transporte para execução e fuga
Uma pessoa: providenciou o veículo utilizado no crime
Uma pessoa: financiou o crime
Cinco pessoas: planejaram e coordenaram o ataque, com auxílio moral, material e financeiro, além da transmissão de ordens e instruções
O crime de extorsão foi identificado porque cinco dos denunciados constrangeram, mediante grave ameaça, a esposa e a filha da vítima para obter vantagem econômica, segundo o MP. Os acusados teriam enviado mensagens de texto exigindo R$ 50 mil para que elas fossem "deixadas em paz".
O MP ainda requereu a fixação de um valor mínimo de R$ 50 mil como reparação de danos para cada um dos sobreviventes e seus familiares.
Motivação
De acordo com o inquérito da Polícia Civil, a motivação do crime foi uma divergência política da organização criminosa, envolvida com crimes como tráfico de drogas e assassinatos, com o prefeito.
"A motivação está relacionada a questões políticas, as desavenças que o prefeito tinha com essa organização criminosa a qual todos os presos são ligados. Eles divergiam com a administração pública atual. Desde a época das eleições, ele [o prefeito] recebia ameaças", explica a delegada Aline Palma.
Mais detalhes sobre as investigações, bem como a identificação dos envolvidos, não foram revelados a fim de preservar outras apurações contra o grupo. Fonte: G1 - RS
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