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Gaúchos no Chile: neve retém caminhoneiros em rodovias; turistas podem voltar nesta quarta


Devido à nevasca que atingiu a Cordilheira dos Andes nos últimos dias, o cenário ainda é caótico na fronteira entre Chile e Argentina. Por conta da neve, muitos caminhoneiros abandonaram os veículos na região. Os relatos de gaúchos que se refugiaram em Los Andes, no Chile, e Uspallata, na Argentina – na estrada que cruza os Andes entre Mendoza e Santiago – expõem a falta de perspectiva para voltar para casa.


Mesmo com o resgate de alguns caminhões, o frio intenso e as dificuldades climáticas na Cordilheira dos Andes transformaram a retirada dos veículos em um desafio ainda maior para as autoridades. O gaúcho Jonas Gozzi Radeucke, natural de Soledade, que está em Uspallata, disse ao Correio do Povo que cerca de 300 caminhões seguem presos na neve. “Muito caminhão abandonado na neve… E [as autoridades] já não conseguem achar onde estão os caminhoneiros, pois alguns voltaram pra casa”, explica.


Há quase duas semanas viajando, Radeucke fala que a previsão é de melhora no tempo durante a semana. Segundo ele, parte da neve que ocupou a pista do túnel do Cristo Redentor – que liga Argentina e Chile – chegou a ser retirada, desbloqueando a rodovia. “Alguns conseguiram chegar a Los Libertadores e outros retornaram. E para frente, pelas informações que temos, há cerca de 300 caminhões na neve”, reitera.


Em Los Andes, segundo Radeucke, não neva há dois dias, mas na Cordilheira o cenário é diferente, com neve durante a noite, o que dificulta o resgate de caminhões. Já o gaúcho Jair Antunes, de 44, natural de Santo Ângelo, contou que se viu obrigado a abandonar o caminhão no meio da Cordilheira dos Andes e retornar para Los Andes, no Chile.


Na ultima quinta-feira, a Federação dos Caminhoneiros Autônomos do RS (Fecam-RS) estimou ao Correio do Povo entre 280 e 300 o número de caminhões presos na região. Na ocasião, o Diretor da Fecam e presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Bens de Uruguaiana (Sindicam), Pedro Paulo da Rosa Dutra, falou em um prejuízo “incalculável”.


Conforme Dutra, cidades fronteiriças, como Foz do Iguaçu (PR) e São Borja (RS), também já sentem, nas rodovias, o impacto da paralisação. “A carga para o Chile não está indo, não está sendo nem executada, porque não adianta botar as cargas em cima dos caminhões para ficarem parados no trajeto”, frisa.


Turistas gaúchos seguem em Santiago


Apesar do acúmulo de neve nas rodovias, os 33 turistas gaúchos retidos em Santiago mantêm a esperança de retornar às cidades onde vivem, no Vale do Taquari, ainda nesta semana. Apesar de não haver garantia sobre o retorno ao RS, Gerson Henrich da Silva, um dos integrantes do grupo, reafirmou à Rádio Guaíba nesta terça que o início do trajeto de volta deve ocorrer nesta quarta. Caso a previsão se confirme, a chegada ao Brasil deve ser concluída somente na sexta-feira, uma vez que o trajeto via ônibus entre Santiago e a cidade de Teutônia, de onde os turistas partiram, dura cerca de 40 horas.


Hospedado em um hotel na capital chilena, Gerson está acompanhado da esposa Ivonete, a filha Isis, de 6 anos, além do sogro e da sogra. Os demais integrantes do grupo, que saiu de Teutônia no dia 6 deste mês, é composto por idosos e uma gestante.


Após chegarem em Mendonza, na Argentina, no dia 7, os turistas tentaram subir a Cordilheira dos Andes, mas conseguiram chegar somente até a Ponte Del Inca, ao pé da Cordilheira. No retorno, enfrentaram a nevasca. No sábado, dia 9, chegaram à Aduana Chilena, que teve os portões fechados para circulação de veículos em razão do risco de avalanches.


Presos no ônibus, com temperatura de até 18°C abaixo de zero, os gaúchos foram resgatados pelo Exército chileno após três dias. Desde então, o grupo segue em Santiago, em um hotel custeado pela agência de viagens.


* Com informações dos repórteres Felipe Samuel e Marcel Horowitz


Fonte: Correio do Povo e Rádio Guaíba

Foto: Gerson Henrich da Silva


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