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Caso Rafael: 3º dia de júri tem interrogatório de mãe acusada de matar o filho em Planalto


Alexandra Dougokenski, acusada de matar o filho, em Planalto, no Norte do RS — Foto: Juliano Verardi/TJ-RS

O terceiro dia de audiências no júri de Alexandra Dougokenski, acusada de matar o filho, Rafael Mateus Winques, de 11 anos, começa, às 8h30 nesta quarta-feira (18), com o interrogatório da ré. Após essa etapa, os jurados assistem ao debate entre acusação e defesa, antes de se reunirem para definir se a denunciada é culpada ou inocente. O julgamento ocorre no fórum de Planalto, no Norte do Rio Grande do Sul, desde segunda-feira (16). Veja abaixo resumos dos primeiros dias de audiências.


Alexandra Dougokensk está presa desde a época do caso e é acusada de quatro crimes: homicídio qualificado, ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. Rafael morreu por asfixia provocada por estrangulamento, segundo a perícia. O primeiro júri, em março de 2022, foi encerrado após cerca de 11 minutos, devido a um desentendimento entre a defesa e a acusação. Primeiro dia de júri

O primeiro dia do júri da morte de Rafael Mateus Winques teve depoimentos de dois delegados e da ex-professora do menino.


A primeira a depor nesta segunda foi a ex-professora de Rafael, Ana Maristela Stamm. Ela dava aulas de ciências e artes à vítima. Disse que menino era muito inteligente, disciplinado e querido, mas muito quieto. Ela lembrou que, durante as buscas por Rafael, foi algumas vezes à casa de Alexandra. Disse que a mãe do menino não parecia aflita com o desaparecimento do filho e "se mostrava tranquila". O segundo a depor foi o delegado Ercilio Raulileu Carletti, que conduziu as investigações na época do crime. Ele destaca que ao fim do inquérito, não restou dúvidas para a polícia de que Alexandra matou o filho. "Tenho certeza absoluta que foi ela [que matou Rafael]. Se não tivesse certeza não teria indiciado ela", disse.


Na sequência, foi realizado o depoimento do delegado Eibert Moreira Neto. Segundo o delegado, todas as hipóteses foram investigadas pela polícia, porém todas elas foram "totalmente" afastadas, como a de que Alexandra encobria outra pessoa ou contava com ajuda de terceiros. "Ela confessava a prática do crime, mas a dinâmica que ela estabelecia não era inverossímil", disse.


Houve discussões entre a equipe de defesa da ré e os representantes da acusação, sendo necessário que a juíza interrompesse a sessão. Segundo dia de júri

O segundo dia do júri da morte de Rafael Mateus Winques, de 11 anos, nesta terça-feira (17), ouviu familiares da vítima e da ré.


O primeiro a depor foi ex-namorado de Alexandra, Delvair Pereira de Souza. Mais tarde, o filho dela e irmão de Rafael, Anderson Dougokenski, e o pai da vítima, Rodrigo Winques, foram ouvidos. Durante a tarde os jurados ouviram a mãe da ré e avó de Rafael, Isailde Batista. Uma ex-professora do menino também testemunhou no caso.


Hoje com 19 anos, Anderson pediu a absolvição da mãe pela morte do irmão. "Se pudessem absolver a minha mãe, a vida mudaria muito. Eu sei que não foi ela", disse. O jovem disse que o pai de seu irmão era um homem "violento".


O pai de Rafael solicitou que Alexandra não estivesse na sala durante a oitiva, o que foi atendido pela juíza. Rodrigo contou aos jurados que a ré dificultava o contato dele com o filho. A testemunha também negou ter problemas com o antigo enteado, Anderson. "O meu desentendimento era com a mãe dele", contou.


Em um depoimento curto, a professora disse que Rafael Ladjane Ravagio "sempre foi muito reservado e aparentemente gostava da mãe". Mãe de Alexandra e avó de Rafael, Isailde Batista afirmou que a filha seria uma "mãezona" e que "Rafael nunca chamou aquele homem [Rodrigo] de pai". A mulher ainda defendeu a inocência da filha. "Ela não mata uma formiga", disse Isailde. Alberto Moacir Cagol, tio de Rafael e irmão de Alexandra, disse que a ré era uma boa mãe para os filhos. A testemunha disse que tanto Rafael quanto Alexandra chamavam o pai de menino de "Demo" e que a vítima não queria morar com o pai.


A perita criminal Bárbara Zaffari Cavedon foi a última testemunha ouvida nesta terça. A servidora pública foi questionada sobre a reconstituição do crime. Ela afirmou que Alexandra detalhou como posicionou corda no corpo de Rafael, sem mencionar ter feito nós. "Ela referiu até que começou a fazer alguns estalos quando ela estava puxando o corpo, puxando, enfim, a corda para fazer o carregamento do Rafael. E que aí, nesse momento, ela se deu conta que a corda estaria no pescoço do Rafael", disse a testemunha. Relembre o caso

Rafael desapareceu no dia 15 de maio de 2020. Alexandra sustentava que ele teria ido dormir e, na manhã seguinte, não estava mais em casa. Dez dias depois, ela confessou que havia assassinado o filho e indicou a localização do corpo, dentro de uma caixa de papelão em um terreno da casa vizinha.


Segundo o Ministério Público, responsável pela acusação, Alexandra teria feito com que o filho tomasse dois comprimidos de Diazepam, um ansiolítico com efeito calmante, sob o pretexto de que ele dormiria melhor. Assim que o medicamento fez efeito, Alexandra teria estrangulado o menino com uma corda.


A ré apresentou diferentes versões do crime ao longo do inquérito e da instrução judicial. Por fim, passou a acusar o pai de Rafael, Rodrigo Winques. A defesa dele nega. Fonte: G1 - RS

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