
Após a confirmação do primeiro óbito por dengue no RS, neste mês de março, os municípios buscam se mobilizar para o combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti.Até o momento, neste ano de 2023, a Secretaria Estadual da Saúde notificou 6.366 casos de dengue. 1.900 casos foram confirmados, 1.999 suspeitas estão em investigação, 2.436 notificações foram descartadas e 31 casos foram considerados inconclusivos.
Em Três Passos, neste ano de 2023, até o momento são três casos ativos de dengue. Oito casos considerados suspeitos estão em investigação. Estes casos são de pacientes que realizaram exames através da Secretaria Municipal de Saúde, não sendo contabilizados exames feitos na rede particular de laboratórios. Todos os bairros de Três Passos têm incidência de dengue e a população deve ficar atenta.
Em 2022, Três Passos contabilizou 94 casos positivos de dengue. Ao todo, nove agentes de endemias atuam no combate à doença no município. Mas para além do trabalho desempenhado pelos profissionais, a comunidade precisa se manter vigilante de forma permanente, evitando que locais de proliferação do mosquito possam aparecer nas casas ou empresas.
O município de Chiapetta também confirmou casos positivos de dengue, neste ano de 2023. Até o momento são dois casos. Três notificações foram investigadas até o momento no município.Entre as ações que estão sendo desenvolvidas pela prefeitura, em Chiapetta, destaque para a compra de equipamentos, como o nebulizador costal, apropriado para o bloqueio químico, além do ciclo de fiscalização nas casas.
Em Santo Augusto, quatro casos suspeitos de dengue foram notificados este ano. Um segue em investigação e três foram descartados. Em Redentora, há o registro de um caso suspeito notificado neste ano, que segue em investigação laboratorial.
Números do Rio Grande do Sul
Dos 1.900 casos confirmados até o momento no Rio Grande do Sul, 1.654 são autóctones. 47 pacientes estão internados em leitos hospitalares, com casos suspeitos de dengue. 43 estão em leitos clínicos e quatro paciente em leitos de UTI.A primeira morte por dengue no Rio Grande do Sul, em 2023, foi confirmada no dia 16 de março, pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). Conforme a SES, a vítima é uma mulher de 49 anos, moradora de Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha.Segundo a secretaria, a mulher teve início dos sintomas no dia 9 de março, com febre, dor muscular, dor de cabeça, náuseas, vômitos, dor abdominal, falta de apetite e dispneia, foi internada na terça (14) e morreu na quarta (15). A paciente tinha histórico de hipertensão arterial.Em 2022, o Rio Grande do Sul atingiu os maiores números de dengue em seu ranking histórico.
Foram mais de 57 mil casos autóctones, outros 11 mil casos importados (quando o contágio acontece fora do Estado) e 66 mortes em razão da dengue.
Sobre a dengue
A dengue é uma doença febril causada por um vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Os principais sintomas são febre alta, com duração de dois a sete dias, dor atrás dos olhos, dor de cabeça, dor no corpo, dor nas articulações, mal-estar geral, náusea, vômito, diarreia, manchas vermelhas na pele com ou sem coceira.
Prevenção
A SES destaca que a principal forma de evitar a doença é a eliminação dos potenciais criadouros do mosquito transmissor, o Aedes aegypti. O inseto se reproduz em locais com água parada, por isso, algumas das principais recomendações previstas são:
Eliminar água parada dos pratinhos e vasos de plantas;Manter caixas d’água tampadas;
Colocar tela nos ralos de água da chuva;
Secar pneus e protegê-los da chuva;Limpar calhas da residência;
Escovar os pratos e trocar a água dos pets (1x por semana);
Manter piscinas limpas e com água tratada.
Fonte e foto: Rádio Alto Uruguai
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