O silêncio muitas vezes se faz necessário como ferramenta que permite produzir coisas novas em nossa mente. Também para reorganizar o pensamento, com atitudes que ajudem a sentir a manifestação da suavidade na vida colocada diante de nós, como proteção aos arranjos externos que prejudicam nossa presença junto da atividade em que estivermos inseridos.
Muitas vezes somos guiados por agitações que quebram o silêncio interior e sufocam as boas maneiras de sentir naturalmente as coisas da vida. Essas agitações se formam junto ao ambiente em que vivemos e não deixam transparecer a vontade de viver na paz, com a liberdade como formação dos caminhos da existência.
Neste sentido o sofrer em silêncio causa muito desgaste emocional nas pessoas que vivem em ambientes carregados de desentendimentos, exclusões ou temperamentos doentios. Elas vivem limitadas pelo medo, angústia e estressadas pelo silêncio como algo dolorido e rotineiro.
A insegurança de pessoas maldosas gera muito desgaste no coração de quem se sente ameaçado em sua convivência particular. A maldade é uma manifestação perigosa, podendo ocasionar uma grave perturbação na mente de quem é atingido por esse tipo de comportamento. Isso faz pensarmos em crianças que sofrem o desgaste da rejeição e tem sua integridade barrada por membros familiares, fazendo-as crescerem desamparadas, sem maturidade espontânea na formação psicológica, intelectual e emocional.
Esse tipo de sofrimento tem várias direções que se justificam em causas encobertas pelo fingimento da paz. Muitas vezes, internamente, essas crianças são mal alimentadas sem afeto e carinho enquanto que externamente, por aparências, tudo é orquestrado de maneira visível para as pessoas não perceberem as dores da insegurança.
Mas não só crianças que sofrem em silêncio pela dor da exclusão ou privados de falta de liberdade em sua maneira de pensar e agir dentro do ambiente familiar. Muitas mães choram por filhos que se perdem nas encruzilhadas da vida, levados pelo mundo das drogas ou por outras circunstâncias como a falta de emprego e educação, levando à redução da autoestima das pessoas.
A vida muitas vezes traz os estragos causados pela desordem nos nossos pensamentos, encontrando ações desfavoráveis ao ambiente em que se vive. Pessoas que tem objetivos obscuros em observações que se revelam em corte da liberdade de quem convive na mesma casa trazem muitas dores e sofrimento, pois ninguém merece ter seus objetivos removidos por desajustes emocionais ou psicológicos.
E o pior de tudo isso é que a pessoa que vive assim, não consegue, muitas vezes, falar dos seus problemas, por medo de sofrer represálias, ameaças físicas ou ser barrada dos seus direitos. Este silencia machucado e ferido por dentro, sentindo um vazio existencial, o que prejudica o desempenho no trabalho, na vida social e familiar.
Todos nós merecemos viver a integridade objetiva, com confiança que vem de Deus. Não aprisionados por intenções maldosas causadas por pessoas que direcionam suas ações para destruir ambientes familiares, transformando a liberdade do amor em estranheza dolorosa. O amor não aprisiona, nem exclui, mas deixa viver e se vive como realidade pulsante e que constrói, sem corromper a realidade de cada pessoa.
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