Teve alta, o sobrevivente do incêndio que deixou 11 mortos em um centro de tratamento para dependentes químicos, em Carazinho, no Norte do Rio Grande do Sul, no fim de junho. Jeferson Ricardo da Silveira, de 31 anos, estava internado no Hospital de Santa Cruz do Sul.
Ele foi levado em estado gravíssimo um dia depois do incêndio para o Hospital Cristo Redentor em Porto Alegre, onde ficou na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por duas semanas. Ele teve queimaduras nas vias aéreas. Depois da alta da UTI, foi transferido para Santa Cruz do Sul.
Outro sobrevivente foi atendido no Hospital de Caridade de Carazinho e teve alta no mesmo fim de semana do incêndio.
Dos 11 mortos, o Instituto Geral de Perícias (IGP) ainda trabalha na identificação de cinco vítimas. Nesta semana, mais uma das vítimas foi reconhecida e liberada para ser velada. O nome dela não foi divulgado pela polícia.
O fogo começou por volta de 23h de quinta-feira, 23 de junho. Informações preliminares dão conta de que 15 pessoas estavam no local. Do total, 11 morreram – 10 no incêndio e uma após ser socorrida e levada para um hospital. Duas pessoas foram levadas para atendimento médico, entre elas, Jeferson, e outras duas conseguiram escapar sem ferimentos.
Conforme o delegado regional Jader Ribeiro Duarte, a suspeita é de que o incêndio tenha iniciado na fiação elétrica. A Polícia Civil reforça, entretanto, que somente com o resultado da perícia técnica e de outras provas é que se chegará a uma conclusão efetiva das causas do incêndio.
Algumas das vítimas, conforme informações dos bombeiros, foram encontradas em uma área de dormitórios e próximas às janelas, o que pode indicar que elas tentavam sair do local. A parte consumida pelo fogo era de madeira. Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, as janelas não tinham grades, mas eram pequenas, por onde uma pessoa não conseguiria passar.
O prefeito de Carazinho, Milton Schmitz , disse que, em princípio, a entidade tinha todas as liberações para funcionamento regularizadas. "Tem alvará dos bombeiros e licenças todas em dia", mencionou.
Em nota, o Ministério da Cidadania disse acompanhar as investigações sobre as causas do incêndio. O Cetrat "recebe investimentos do governo federal e está em situação regular", segundo a pasta.
A direção do Centro de Tratamento e Apoio a Dependentes Químicos (Cetrat) informou que não vai se manifestar até a conclusão do inquérito.
Fonte: G1
Foto: Fábio Eberhardt / RBS TV
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