Imagens de satélite registraram a passagem da sombra do eclipse solar anular deste sábado sobre o Norte e o Nordeste do Brasil, por onde passou a faixa de anularidade do fenômeno celestial sobre o território brasileiro. Na maior parte do Brasil, o eclipse foi parcial com menor obscurecimento mais ao Sul.
NOAA Os satélites desempenham um papel relevante na observação dos efeitos dos eclipses solares, pois oferecem um ponto de vista único do espaço, livre de interferências atmosféricas e das limitações das observações terrestres. Satélites equipados com instrumentos e câmeras especializados capturam dados e imagens valiosos durante eclipses solares, fornecendo aos cientistas informações importantes.
O satélite GOES-East da NOAA/NASA captou o evento em órbita. O satélite observou a sombra que a lua projetava na Terra, do seu ponto de vista entre os dois corpos massivos. Na observação, é possível ver a sombra da Lua sobre a superfície da Terra à medida que passa em frente do Sol, bloqueando os seus raios. Os observadores do céu na Terra viram a sombra do outro lado, e os que tiveram sorte com bom tempo foram presenteados com um evento espetacular.
Na Astronomia, “eclipsar” significa esconder, encobrir, ou interceptar a luz vinda de um astro. No Egito Antigo, os eclipses do Sol eram explicados como sendo ataques de uma serpente ao barco que transportava o Sol pelo céu. Pensavam que um imenso dragão estivesse engolindo o Sol durante um eclipse solar. Então, faziam muito barulho para assustar o dragão e o Sol sempre reaparecia. Nunca falhava! Os eclipses do Sol são totais ou parciais.
Um eclipse solar total acontece quando a umbra da Lua se projeta sobre a superfície terrestre (junto com sua penumbra). Um eclipse solar parcial ocorre quando o Sol é parcialmente encoberto pela Lua (havendo somente a projeção da penumbra lunar sobre a Terra).
Um tipo especial de eclipse parcial do Sol é o eclipse solar anular, que acontece devido a um maior distanciamento da Lua à Terra, em função da órbita da Lua ser uma elipse e não uma circunferência. Neste tipo de eclipse, os três astros se encontram bem alinhados na ocasião da fase nova da Lua, mas o Sol não fica totalmente encoberto pela Lua, restando apenas um anel visível do disco solar. É visto com um eclipse solar anular apenas da faixa mais central da penumbra, sendo ainda observado como eclipse solar parcial de locais ao norte e ao sul desta faixa.
A duração da etapa umbral de um eclipse do Sol (totalidade ou quase totalidade num eclipse anular), a partir de um único ponto terrestre, é de poucos minutos. Já a duração completa de um eclipse solar, incluindo as etapas penumbral (parcialidade) e umbral, fica por volta de 2 horas.
NOAA Hoje, o eclipse solar foi anular, quando a Lua na fase nova se apresentará bem alinhada com o Sol e Terra. No instante médio do eclipse, a Lua estará cerca de 8.360 km mais distante em relação a sua distância média à Terra, apresentando um tamanho aparente de 30,5 segundos-de-arco (menor do que o disco do Sol com 32,1 segundos-de-arco neste dia), ou seja, não sendo possível encobrir por completo o Sol, explica o Inpe. A penumbra da Lua percorreu a América do Norte, América Central e América do Sul, nesta ordem.
Fonte: MetSul Meteorologia
Foto: NOAA
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