De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico, 1.897 veículos eletrificados foram emplacados no estado no ano passado; em 2020, foram 1.043. Rio Grande do Sul representa 5,4% da frota nacional.
O Rio Grande do Sul viu sua frota de carros elétricos crescer 81,9% em 2021. De acordo com a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), 1.897 veículos eletrificados foram emplacados no estado no ano passado, sendo que, em 2020, foram 1.043.
Na última década, a frota brasileira cresceu 299 vezes. Haviam 117 veículos eletrificados em 2012 e, em 2021, 34.990 automóveis, utilitários e veículos comerciais leves nas categorias híbridos (HEV), híbridos plug-in (PHEV) ou elétricos 100% a bateria (BEV).
Quase 1/3 está em São Paulo (31,7% do total), seguido por Minas Gerais (8,5%) e Rio de Janeiro (8%). O RS é o estado do Sul do país com menor frota, atrás de Santa Catarina (7,3%) e Paraná (7,1%), com 5,4% da frota nacional.
Para incentivar o uso, os carros totalmente elétricos são isentos de IPVA.
"O fato é que a oferta de veículos deve aumentar ao longo dos próximos anos. É necessário que se pense em políticas públicas e, à medida que a gente conseguir tornar esses veículos cada vez mais acessíveis, a gente vai ver uma gama maior de pessoas dirigindo pelas ruas do Brasil com veículos de baixa emissão de carbono", considera Thiago Sugahara, vice-presidente de Veículos Leves da ABVE.
O engenheiro Alessandro Ponzio é dono de uma garagem no Centro-Histórico de Porto Alegre. O local foi um dos primeiros da Capital a instalar carregadores para carros elétricos. Atualmente, o sistema pode ser usado por 20 veículos ao mesmo tempo.
"Com carregadores de carga rápida, não são cargas lentas. E pode atender o pessoal 24 horas [por dia]. Não tem custo na energia elétrica. O pessoal paga o estacionamento normal de tabela, como qualquer edifício garagem. O objetivo nosso é incentivar a micro-mobilidade, reduzir custo. Hoje, a gente consegue andar 400 km com menos de R$ 40 de custo", assegura.
O Rio Grande do Sul tem 111 pontos de recarga. Quase metade deles (49) em Porto Alegre, segundo a Zletric da ABVE.
"A gente tem é que melhorar um pouco a estrutura intermunicipal. A Serra gaúcha já tem, Caxias [do Sul] já tem, para o Norte a gente tem uma estrutura que está em crescimento. A gente está precisando é melhorar a nossa estrutura para a Região Sul para poder chegar no Chuí", diz Alessandro.
O executivo Pedro Schaan trabalha em uma empresa que começou a desenvolver em 2019 as primeiras estações de carregamento para carros elétricos.
"Nós temos estações a partir de R$ 160. Ele já aluga e bota na casa dele, e carrega no conforto do lar. Quando ele sai de manhã, o carro está completamente carregado. Então, no mínimo, a gente vai ter 50 km para os veículos híbridos ou 300 km para os veículos elétricos, para os usuários carregarem todos os dias de manhã", completa.
Fonte: G1 - RS
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