
As perdas financeiras para os produtores rurais do Rio Grande do Sul devem alcançar R$ 36,14 bilhões devido à estiagem que assola o Estado. O impacto na soja é de R$ 29,51 bilhões no Valor Bruto da Produção (VBP), enquanto que no milho este valor já é de R$ 6,62 bilhões.
O levantamento foi o segundo realizado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias (FecoAgro/RS), considerando os números sobre as quebras de safra que foram divulgados até o momento. Segundo a Defesa Civil do Estado, até esta terça-feira, 347 municípios gaúchos (quase 70% dos municípios do Rio Grande do Sul) já decretaram emergência devido aos efeitos da estiagem.
O estudo da Fecoagro-RS ainda considera que o efeito dominó na economia gaúcha, considerando que a matriz insumo-produto, para cada R$ 1,00 gerado nas lavouras, outros R$ 3,29 serão gerados nos demais setores que são dependentes da produção primária, o impacto pode chegar a R$ 115,67 bilhões só considerando a quebra nas duas culturas.
A metodologia de cálculo utilizada pela FecoAgro/RS considerou a expectativa inicial de produção do IBGE e foi aplicado o percentual de perdas divulgado nesta semana pela Rede Técnica Cooperativa (RTC), que consultou 23 cooperativas parceiras da rede até o dia 22 de janeiro, considerando também o preço médio recebido pelo produtor em janeiro de 2022.
De acordo com a RTC, quase metade (48,7%) da produção de soja deve ser perdida pela falta de chuvas, enquanto a quebra da safra de milho, segundo a Fecoagro, já é de 70%. A produção inicial estimada pelo IBGE, contabilizada nos cálculos, era de 20,95 milhões de toneladas na soja e 6,09 milhões de toneladas no milho.
Fonte: Jornal do Comércio
Foto: Marcos Benites - MB Notícias
Comentarios