Na natureza das coisas tudo o que nos pertence vêm de encontro aos valores terrenos. Esses valores terrenos estão ligados a uma boa saúde, sentidos desenvolvidos, força física e emoções apuradas para poder se ter uma vida melhor.
Esses são bens do próprio corpo e sinalizam que a nossa individualidade precisa ser justificada pela essência da aquisição de uma identidade que não é permanente, mas se faz presente através da liberdade que temos, com a vida possuída pela gentileza do fornecimento da consciência em movimento.
Esse movimento da consciência é um movimento sadio, responsável e respeitoso, que sabe se abrir a novas experiências que a vida oferece na grandeza espiritual e que valoriza cada momento para criar condições a fim de que o amor seja a construção que abrigue as pessoas necessitadas de atenção, motivação e escuta, através de uma sintonia que ajude o outro a se promover na vida e com a vida.
Mas também é preciso saber recuar e ausentar-se deste mundo das coisas terrenas e aplicar a consciência ao silêncio em um movimento conclusivo em direção as coisas de DEUS. Esse movimento tem muitas maneiras de acontecer: através da oração comunitária ou individual, pela reflexão objetivada pelo interior de nossa mente ou pelo diálogo aberto e organizado, sempre com pessoas que saibam dispor de sentimentos compartilhados no ouvir e falar pela essência diluída em amor.
Não podemos desprezar esses momentos que fazem crescer a esperança, motivação e paz, pois trazem a essência da comunhão com respeito por tudo que representa coletividade humana. É preciso estarmos abertos a essa coletividade na prestação de serviço às pessoas e à natureza. Saber dialogar com o tempo que exige cuidado e atenção com o meio ambiente, através de práticas que devolvam a autonomia à terra, com os bens que ela nos fornece através da pertença na lógica do saber.
Por isso faz bem olhar as pessoas com a tradução do amor, não procurar desfazer essa sintonia transparente que acolhe e dá sentido para a vida de quem sofre no isolamento, sem segurança de uma mão amiga que está colocada diante de nós para receber palavras que ajudem a perceber o seu valor diante da essência do seu sofrimento, pois cada pessoa necessita ser percebida como alguém que se move com a fé, esperança e motivação, que procura na espiritualidade forças para poder suportar as dores deste mundo.
São muitas pessoas nestas situações que perderam a identidade do pertencimento e estão jogadas no esquecimento da nossa consciência que precisa ser curada da indiferença e voltar a percorrer caminhos novos da presença espiritual num acolhimento sadio, com pensamentos dignos no saber elevá-las na mesma dimensão de amor que merecem. Essas pessoas são nossos vizinhos, parentes, pais e amigos que dividem conosco nosso modo de “ver e ser no pertencer” a um estado, não apenas algumas horas.
E a vida só encontra o verdadeiro sentido quando somos responsáveis uns pelos outros num conjunto de valores e valorizações, isso faz de nós autores de novas direções com acolhida, valorização e determinação por tudo o que representa amar na essência de transformar e ser transformado pela decisão de ajudar aos outros a se encontrarem nos caminhos da existência do pertencimento a Deus com as coisas deste mundo.
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