Dois suspeitos de envolvimento na morte do secretário de Saúde de Bom Progresso, Jarbas David Heinle, foram soltos no sábado (7): o vice-prefeito Maicon Leandro Vieira Leite (PDT) e Cloves de Oliveira, conhecido como Faísca.
A Polícia Civil havia pedido à Justiça a prisão preventiva dos três investigados que estavam presos e de um foragido. A Justiça entendeu não haver elementos para a preventiva de Maicon e de Cloves.
Segue preso Sérgio Ribeiro dos Santos, que estaria diretamente ligado ao ataque a tiros contra Jarbas. Além dele, teve prisão preventiva deferida outro suspeito que está foragido.
O delegado Marion Volino, que conduz a investigação, não confirma os nomes dos investigados, mas disse que as prisões preventivas foram solicitadas por haver indícios concretos da participação deles no crime. A contar de sábado, a polícia tem 10 dias de prazo para concluir o inquérito.
Jarbas foi baleado quando chegava em casa, na noite de 10 de setembro, em Linha Biriva, no interior do município de Bom Progresso. Ele foi atingido por quatro tiros. O secretário é filho do prefeito da cidade, Armindo David Heinle (PP).
Dois dias depois do crime, a polícia recebeu informações do Presídio de Três Passos sobre quem seriam o executor e o mandante do crime. Envolvido na execução estaria Sérgio, que já cumpria pena por outros crimes e estava gozando de saída de sete dias do regime semiaberto desde 8 de setembro. O mandante, conforme essa informação, seria Maicon.
A investigação apontou que outro interessado na morte, por causa de disputas políticas, seria Cloves, que, em 2020, disputou a vaga de prefeito de Bom Progresso pelo PSB e foi derrotado pelo pai de Jarbas. Conforme depoimentos coletados, a morte do secretário teria custado entre R$ 40 e R$ 50 mil.
O delegado ainda aguarda resultado de perícias, como a análise de conversas de celulares, e a quebra de sigilo bancário de investigados.
Conforme sua defesa, o vice-prefeito Maicon já está de volta ao trabalho nesta segunda-feira (7).
Contrapontos
O que diz Vanderlei Pompeo de Mattos, advogado de Maicon Leandro Vieira Leite:
“Veio tarde o conserto de uma coisa que nem devia ter ocorrido”.
A Rádio Alto Uruguai fez contato com a defesa de Cloves de Oliveira e aguarda retorno.
Fonte: GZH e Rádio Alto Uruguai
Foto: divulgação
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