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Concebido do Espírito Santo - Rabiscos do Silêncio


Todos nós fomos concebidos por uma relação, não importa como, mas tivemos alguém que nos gerou, que foi nossa mãe. Deus soube escolher cada um de nós por sua vontade e liberdade em fazer-nos pessoas, não objetos de satisfações independentes.

Em uma síntese mais abrangente, Deus nunca desiste da humanidade, pois sempre junta-se a nós pelos vínculos de sintonia livre e aberta com as dimensões do Espírito Santo. Não fica ausente e nem distante da humanidade. É presença de um Pai que ama seus filhos como pertencente a algo que permanece centralizado nas coisas deste mundo, mas ligado ao infinito da alma.

E foi através de uma mulher que o Espírito Santo chegou a nós. Maria, chamada de Nossa Senhora, que deu o seu SIM quando o anjo Gabriel anunciou que ela seria mãe do Salvador e então concebeu através do Espírito Santo. Ela foi a primeira pessoa que sentiu a obra do Espírito ser justificada como presença do envio de Deus Pai no seu ventre. E depois vem todo o processo de gestação, nascimento e vida de Jesus Cristo até a morte e ressureição.

O Espírito Santo é o Espírito Paraclito no qual se justifica a verdade. É a verdade é sempre maior, por mais que soframos pelas coisas deste mundo, sendo rejeitados, explorados ou injustiçados, ele sempre nos ilumina, fortalece e esclarece. Assim como aconteceu com Maria e José que tiveram dúvidas, perseguições e rejeições, mas firmes permaneceram unidos na fe em Deus, que é Pai da humanidade e sempre soube qual era o fundamento da fé dos pais de Jesus.

Maria e José marcaram a humanidade com a acolhida do Salvador que se fez em cada um de nós. Graças ao SIM de Maria que hoje nós temos os dons: conselho, entendimento, fortaleza, sabedoria, piedade, ciência e temor a Deus, que estão ligados diretamente às graças do Espírito Santo. Ele é nosso advogado por excelência, está junto dos que trabalham pelo bem comum, mas não compactua com exploração, ganância e dispersão dos valores cristãos.

Por isso faz bem celebrar essa data com a partilha de tudo o que ficou retido em nossa mente, exemplo: erdão, reconciliação e inserção. Valorizando as crianças como fizeram os três reis magos, que seguiram a estrela de Belém e ofereceram: ouro, incenso e mirra ao menino Jesus, porém não podemos esquecer os adultos com suas faixas etárias, pois cada um de nós tem os sinais visíveis da presença do Espírito Santo. Então, o Natal é de todos nós.

Esses sinais encontram-se no sentido que damos às pessoas, de amar, esperar e valorizar. Não de incitar violência com mentira, falsidade ou arrogância, já que isso impede a manifestação da liberdade do Espírito Santo em nossa vida e desmancha a manjedoura de Jesus Cristo em nosso coração, sem permitir que ele nasça em nossa consciência.

É por isso que no Natal nosso coração fica mais leve, iluminado e reflexivo, pois recebe a graça de transcender as coisas deste mundo e liga-nos a tudo o que pertence ao Espírito, mas é preciso saber preparar o nosso pensamento para esse importante acontecimento. Não ficarmos obrigando a consciência aos desejos centralizados ao consumismo exagerado ou ao conflito interno que prejudica a saúde espiritual que está em cada um de nós.

Feliz Natal e abençoado Ano Novo para todos!

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