A autoridade é algo que está em nós como medida para viabilizar entendimentos corretos dentro do espírito da coletividade. É muito saudável poder exercer a autoridade compartilhada sem querer mostra-se acima das outras pessoas, isso gera o autoritarismo que é muito perigoso, pois prejudica os ambientes familiares e sociais numa inversão de valores e valorizações gerando enormes prejuízos a quem se coloca no lado mais humilde.
É necessário compreender que toda e qualquer autoridade se faz necessária para um bom andamento das instituições, sejam elas familiares, políticas, religiosas, de ensino ou em qualquer ambiente de trabalho e comunicação social; do contrário tudo se transforma em confusão, incompreensão e não se tem um andamento administrativo correto nas diversas instituições espalhadas na sociedade.
Mas dentro desse espírito da autoridade não podemos confundir com autoritarismo. A autoridade é ensinar e aprende sem querer levar vantagem sobre a outra pessoa. E o autoritarismo é um convite ao egocentrismo em que a pessoa gosta de ser respeitada, mas não respeita a autoridade que lhe pertence. Assim como um pai tem autoridade sobre seus filhos, mas não pode ser autoritário, sem diálogo e amor. O diálogo com amor torna a representação de pais e filhos responsáveis num crescimento adequado às exigências da sociedade.
Todos nós precisamos ter nossa própria autoridade, que é o desenvolvimento de uma consciência livre para pensar e agir de acordo com nossas capacidades, respeitando as diferenças das outras pessoas numa dicotomia que compreende, assimila e converge, sem agredir a liberdade presente no outro. Não impor ideias que prejudiquem a formação moral, intelectual ou espiritual do outro, mas ter clareza da nossa autoridade na troca simultânea de experiência promove a harmonia.
Muitas pessoas perdem a autonomia da sua própria autoridade e não possuem pensamentos formativos, pois tiveram a sua liberdade negada por influências de convivências em ambientes carregados de autoritarismo. Nestes ambientes existe o controle do mais forte sobre aquele que é aparentemente mais frágil em sua maneira de agir diante da realidade.
Quem vive em meio a imposições desmedidas facilmente se percebe como ser inútil para a sociedade, pois sempre estará carregado de rejeições, fobias e medos. Psicologicamente afetado vai perdendo oportunidades que a vida lhe indica como manifestação da dignidade humana. É necessário compreender que muitas pessoas tem uma grande desorganização em seus pensamentos, vivem sem perceptivas em viver a sua autoridade.
A convivência precisa acontecer de maneira coletiva de forma que cada pessoa possa assumir a sua própria autoridade numa perspectiva de liberdade que permita ver o outro como sendo um ser igual e útil pra um crescimento espontâneo, na consciência de seu saber ser colocado a serviço da sociedade. Ajudando as pessoas a ter autonomia sobre seus pensamentos e ações com sabedoria, sem interferir com autoritarismo desnecessário que enfraquece as relações humanas promove-se o crescimento coletivo. O autoritarismo não educa e não ensina ninguém apenas dispersa os valores presentes em cada pessoa.
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